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quinta-feira, 7 de julho de 2011

Pai...



Ontem jantei com dois dos meus filhos. Os do meio. Vivo sempre estes momentos com a emoção de que estou entre outras partes de mim mesmo. E o eles viverem longe ainda intensifica mais esse sentimento de pertença.

São dois homens feitos, como diria a minha mãe. 

As conversas são animadas e variadas. Dizemos tolices, e falamos do que gostamos e do que nos inquieta. No entanto, as minhas preocupações com o seu bem-estar, físico e emocional, permanecem iguais às de sempre. Desde que nasceram.

Pai é sempre pai. Independentemente das variáveis introduzidas pela vida ou pela distancia a que esta nos obriga. Em boa verdade a quantidade não influi nem altera os sentimentos que nos une. Talvez ainda os fortaleça.

Há muito que deixei de querer ser fixe ou porreiro. Sei que ocupo um lugar privilegiado e único na vida de qualquer um deles, e isso basta-me.

Preocupado, disponível, companheiro, mas não muito empenhado em ser amigo. Esses eles têm aos montes. Divertem-se, vivem intensamente cada momento e entre eles há uma cumplicidade que é ditada pela idade comum e pelos sonhos que partilham. Da mesma forma também se desiludem, zangam-se e separam-se, indo uns e outros viver novas aventuras. Conhecem outros amigos… e um novo ciclo recomeça!

Esse não é, por isso mesmo, o papel de um pai.

Ser Pai é um papel único e para toda a vida, não é nem transitório nem em part-time.

Tenho 4 filhos, três deles já adultos, mas, para mim, são e continuaram a ser, hoje como sempre, os meus miúdos!

2 comentários:

  1. Como tu serás sempre o do teu. É assim a vida, amigo!

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  2. Infelizmente o meu Pai, já não está nessa. A doença e a idade são implacáveis! Até nisto...

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