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quinta-feira, 21 de julho de 2011

O amor pode ser complicado…



Viver todos os dias sozinho é triste, com uma pessoa é complicado.

Por mais longa que tenha sido a fase de conhecimento, nunca é suficiente. As pessoas têm a tendência natural para esconder os seus defeitos, grandes ou pequenos. Mas mesmo que não fosse assim, a capacidade de duvidar é inerente à condição de humana. Poderiam abrir-se e exporem-se completamente, no entanto, ainda ficaria a dúvida. O que é que esconde mais? 

Surge o dia em que se vai repartir e partilhar do mesmo espaço, 24 horas por dia. Essa é a verdadeira prova de fogo.

A convivência diária, com a exposição sistemática aos vícios, erros e a diferentes temperamentos. As barreiras vão-se esboroando. Uma a uma, até que a verdadeira personalidade finalmente se revela.

É nessa altura que se consegue vislumbrar, se o que os une é suficientemente forte que lhes permita passar da fase do individualismo para a fase do compromisso, na sua verdadeira dimensão. Em que a percepção do todo, é mais do que a soma das partes. A não ser assim, tudo não passou de um equívoco.

Em tempos tive uma amiga que me dizia que a fase de negociação, no seu casamento, tinha terminado. Ainda hoje não consigo entender o que ela quis dizer com aquilo. A vida é uma negociação constante. Do primeiro ao último dia da nossa existência. Não apenas nos relacionamentos amorosos mas na simples repartição de um espaço comum, no emprego, nas amizades, no comércio, e nas mais diversas situações a que a vida nos conduz.

Negociar é crucial para encontrar consensos e seguir em frente.

Mas numa relação a dois, é isso e muito mais. É partilhar! É ser menos egoísta e abdicar dos preconceitos e ideias feitas. É ser menos egocêntrico e aceitar que as nossas mais profundas convicções podem não estar certas e não são inquestionáveis. É estar aberto a novas ideias, sem dogmas nem medos da mudança.

É semear sempre para colher mais tarde. Mesmo que uma qualquer tempestade destrua a colheita e deite por terra todo o nosso esforço. Se acreditamos e temos “fé”, é voltar novamente ao inicio. Com a mesma força. 

Sem esmorecimentos.

Daí que quando num qualquer relacionamento a fase da negociação termina, é porque tudo chegou ao fim. Acabou! Já não se semeia, porque o terreno ficou estéril. 

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