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domingo, 24 de julho de 2011

Uma estranha forma de vida



Nasceu no seio de uma família pobre e viveu os primeiros anos da sua vida com os seus avós em Lisboa. Faleceu, em sua casa na Rua de S. Bento, ao inicio da manhã de 6 de Outubro de 1999. Transformou-se num dos maiores ícones da cultura portuguesa.

A Senhora Dona Amália, que morreu aos 79 anos, faria ontem 91 anos.

Abandona a escola da Tapada da Ajuda com 14 anos, como era hábito das famílias mais pobres, e aprende a profissão de bordadeira, sendo posteriormente engomadeira, tarefeira, e vendedora de fruta. Casa em 1940.

Inicia a sua carreira de fadista profissional em 1939 e um ano depois é já uma das primeiras figuras numa revista no Teatro Maria Vitória.

Em 1943 divorcia-se e inicia a sua carreira internacional a convite do então embaixador em Madrid, António Teotónio Pereira. Aos 24 anos Amália era já uma voz reconhecida em vários palcos como uma voz maior da canção nacional.

Em 1961 casa pela segunda vez com um Engenheiro da nacionalidade Brasileira com quem vive até à sua morte em 1997.

Esta Senhora simples, mas única, tem uma carreira de 50 anos, e durante todo esse tempo, foi embaixadora da cultura Portuguesa, tendo percorrido os quatro cantos do mundo. De Lisboa ao Rio de Janeiro, passando por Tóquio, União Soviética, Nova Iorque, Roma, México, Venezuela, Lousane, Trieste, Dublin, Londres, Madrid, e tantas, tantas outras cidades.

Passou pelos palcos mais míticos do planeta, Olympia, La Tete d’Arte, Lincon Center, Hollywood Bowl, Teatro Sistina, Sankei Hall, Carnegia Hall,…

Nasceu portuguesa, mas pertenceu ao mundo.

O seu corpo repousa, merecidamente, no Panteão Nacional ao lado de outras grandes personalidades, expoentes máximos da Nação Portuguesa.

A minha homenagem, a esta grande Senhora, uma Mulher de excepção.



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