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terça-feira, 26 de julho de 2011

O Tozé substitui o Zézito!



“Aqueles que, só pela mão da fortuna, de vulgares cidadãos se tornam príncipes alcançam o mando com pouca fadiga, mas só com muito esforço o conseguem manter. Não experimentam dificuldades na caminhada para o poder, parecendo que para lá vão voando. As dificuldades surgem depois de serem entronizados”. Maquiavel 1469-1527

Conhece e domina a máquina do partido. Os tempos de oposição interna permitiram-lhe fazer contactos, ganhar simpatias e fazer acordos. Mas foi também ele a causa de muitos equívocos. Quando foi necessário apoiar abertamente o anterior executivo, distanciava-se. Aparecia, mas mantinha-se cautelosamente na sombra. Sem fazer ondas.

Agora olha à sua volta, e acredito que até ele esteja confuso. Os “inimigos” de ontem são os apoiantes de hoje, até voltaram à condição anterior. O poder é efémero! Ele sabe-o.

Iniciou apenas o caminho, estreito, apertado e sinuoso que o pode levar até ao poder. Esse é o objectivo final. Mas não vai ser fácil. Vai ter de ultrapassar muitos obstáculos, principalmente dentro do seu próprio partido.

Para um dia chegar ao tão ambicionado lugar, vai ter de passar pela purga da oposição no parlamento. Quatro anos e em tempos de vacas muito magras. Vai ter de se opor explicitamente, apresentar propostas e fundamenta-las, desenquadrando-as dos compromissos formalmente assumidos com a Troika, pelo anterior executivo. O campo de manobra vai ser muito limitado.

E além de tudo isto, que já não é pouco, vai também ter de ganhar o respeito da “elite” que sempre dominou o partido. Unir as diferentes facções, grupos e grupelhos, resistir às constantes guerrilhas dos barões e baronetes, contornar o acordo feito com a Troika, e limpar as asneiras do anterior executivo, … na melhor das hipóteses, só se irá aguentar, se passar os próximos tempos a trabalhar muito, com uma equipa que lhe seja leal, mas nunca deixando de olhar por cima do ombro.

À semelhança do actual nº 1, de quem é alias amigo pessoal, também ele começou nos jotas.

Esta é a uma nova geração de líderes políticos.

Não viveram exilados.

Não foram Salazaristas nem Marcelistas.

Não lutaram contra o obscurantismo do Estado Novo.

Não podem ser acusados de fascistas, porque no seu tempo já estava fora de moda (tudo o que não fosse esquerda era mal-afamado).

Estes dois, estão limpinhos dos pecados do antes, e dos exageros do pós-revolução.

O 25 do 4, veio apanhá-los ainda de bibe a caminho do jardim-de-infância. As suas preocupações não iam para alem dos baloiços e escorregas.

São os novos senhores do pedaço. Ou do que resta dele!

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