Nesta alternância de poder que dura há mais de 35 anos a diferença está na personalidade daquele que ocupa o lugar central da democracia.
Confesso que simpatizo com o novo Primeiro-ministro. Não só pelo partido mas acima de tudo por ele próprio.
É um homem simples.
Vive em Massamá (dormitório da capital), é casado com uma senhora nascida na Guiné, e foi, em anos passados, politicamente incorrecto. Chateou tanta gente dentro do partido que teve de sair para ganhar a vida.
E, nessa altura, saiu pela porta da frente, como se espera em pessoas de bem. Recusou receber a subvenção a que tinha direito. Privilégio de quem ainda não foi corrompido pelo sistema. Pelos interesses instalados. E infelizmente são tantos…
É neste tipo de atitudes que vemos as diferenças. Que criamos afinidades. Que nos identificamos. Que nos revemos.
Tudo isto são sinais positivos.
A dúvida é saber se vai aguentar-se onde os outros sucumbiram. Ao deslumbramento do poder.
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