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segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Bora lá à boleia?!


Para inicio de conversa, devo desde já adiantar, que discordo da medida de aumentar os transportes públicos em valores acima da inflacção. Mas será que é possível o Estado (todos nós) continuarmos a suportar os milhões de euros de prejuízo das empresas de transportes?

Não restam dúvidas que é necessário proceder a ajustamentos, no entanto estes deverão ser feitos com cuidado redobrado uma vez que afectam não só cidadãos mas também, a habitabilidade nas cidades.

Se os elevados impostos que incidem sobre os combustíveis, tem um efeito persuasivo na utilização de viaturas, um aumento desmesurado do valor dos transportes públicos pode ter um efeito contrário.

Os cidadãos são empurrados para fora das cidades onde o custo especulativo das habitações as torna proibitivas. Não sendo isso possível, são obrigados a deslocações diárias das periferias para as cidades. 

O fluxo constante de tráfego, principalmente nas principais artérias de entrada e de saída, dá dores de cabeça gigantescas quer aos responsáveis pelo planeamento do tráfego, quer aos milhares de cidadãos que engrossam diariamente as filas de trânsito.

As cidades têm de se adaptar, criando uma eficiente rede de transportes que descongestione, não só as principais artérias, como permita a diminuição da poluição, que nalguns casos, ultrapassa já o limiar máximo, colocando em risco a saúde pública.

Custos de combustíveis, aumento de poluição e o risco da saúde pública, deveriam constituir factores suficientemente fortes para, cada vez mais, se criarem parques automóveis fora das cidades, privilegiando a circulação urbana numa rede de transportes, acessível e com grande capacidade de resposta.

A rentabilidade das empresas poderia conseguir-se, não através de um aumento tão brutal nos preços, mas intervindo ao nível de um rigoroso controlo sobre os custos de produção.

Essas organizações têm um desequilibrado rácio de chefias. As administrações são pagas a peso de ouro. Há que aumentar os resultados eliminando deficits crónicos. Devem começar por cortar nos custos, ajustando-os às reais necessidades de cada uma das empresas. Que fique só quem quer trabalhar. Dispensem-se os que apenas engrossam as folhas de pagamento mensal, sem acrescentarem qualquer valor.

Tinha e tenho grande fé no actual primeiro-ministro, e sou grande admirador do bom senso do actual ministro das finanças, que aliás, me parecem ser, quer um quer outro, gente com excelentes intenções.

Mas isso não chega.

De gente bem-intencionada, está o cemitério cheio!

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